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Freelancers apenas, não mais: Coworking está se tornando um grande negócio.

Coworking nos EUA.

Encontramos na rede, um artigo escrito por Dan Haugen, jornalista freelancer e usuário de coworking nos Estados Unidos. No texto traduzido livremente pela equipe da Link2U Coworking e que você confere abaixo, Dan fala sobre como as grandes corporações estão enxergando no Coworking uma excelente alternativa para as grandes corporações estimularem seus funcionários, reduzirem custos e se tornarem mais sustentáveis.

Quando chegou a hora da Warecorp finalmente ter uma sede própria, o CEO Chris Dykstra decidiu ir totalmente contra a rota tradicional dos escritórios. Em vez disso, a empresa de software e serviços web comprou uma participação em um espaço de coworking localizado no centro de Minneapolis, para ser utilizado por seus funcionários nos EUA, quando eles não estão visitando clientes.

“Eu pensei, sabe de uma coisa, não há realmente nenhuma razão que impeça simplesmente de incorporarmos toda a infra-estrutura da empresa aos espaços de coworking”, diz Dykstra, cujo escritório é agora um “acampamento”, um espaço particionado em forma de hexágono com divisórias semi-transparentes.

Espaços de coworking foram inicialmente concebidos para dar aos profissionais independentes uma alternativa para o cybercafé, oferecendo conexões de internet confiáveis, impressoras, espaço para reuniões e todas as comodidades de um escritório. Hoje, há interesse crescente em espaços de coworking por parte de grandes empresas como uma alternativa para os cubículos e as baias, como uma maneira de diminuir a sobrecarga de imóveis, aumentar a sustentabilidade e estimular os colaboradores que prosperam nesse ambiente de energia empreendedora.

Em seu espaço de trabalho, Dykstra senta-se entre 3 andares, num espaço do tamanho de um ginásio, compartilhado com dezenas de freelancers e empresários, dando ao espaço uma dinâmica que seria difícil de reproduzir em um escritório independente para dez pessoas. Era uma vez o espaço onde funcionava a Bolsa de Grãos de Minneapolis, hoje, as pessoas chamam o lugar de “Bolsa de Troca de Ideias”. Oficialmente, é o espaço colaborativo e CoCo Coworking, que rapidamente se tornou um centro social e de networking para os empresários e profissionais liberais da região (incluindo este escritor).

Na semana passada, CoCo e cinco espaços de coworking norte-americanos anunciaram que eles formaram a Liga de extraordinários espaços de coworking (LEXC), o que significa que todos vão se comprometer a receber cada membro e colocar reservas online a disposição dos usuários. A medida visa, em parte, tornar mais fácil e atraente para as grandes empresas a entrarem no jogo.

O conceito já existia informalmente na cultura coworking desde o início. Se você estiver viajando, poderá ficar em um coworking de outra cidade e todos estão dispostos a recebê-lo para determinado dia. A LEXC é uma tentativa de tornar esse processo mais simples e transparente, além de adicionar uma camada de formalidade, tão necessária para muitas das grandes empresas.

Kyle Coolbroth, um dos CoCo co-fundadores, diz que eles foram abordados pela maioria das 500 empresas da revista Fortune situadas na região, incluindo os EUA Bank, que comprou participações e alugou espaços para reuniões no CoCo, que fica à uma caminha de distância da sede do banco . “Eles entendem que há uma mudança fundamental da cultura, e eles entendem que precisam criar e fornecer um ambiente colaborativo para suas equipes de trabalho”, diz Coolbroth. “O problema com o coworking, antes da LEXC, era que faltava uma organização central para acoplar as grandes corporações”.

Essa mudança de cultura gera uma expectativa crescente entre os funcionários de que é possível trabalhar quando e onde quiserem. Quatro em cada cinco empresas listadas na Fortune “Melhores Empresas para Trabalhar” Disseram oferecer algum tipo de programa local de trabalho alternativo. Para alguns funcionários, isso significa trabalhar remoto nos dias em que é mais conveniente. Outros simplesmente se sentem mais felizes (e mais produtivos), trabalhando fora da tradicional baia cubículo dos escritórios.

Nove por cento dos usuários regulares em espaços de coworking dos EUA já trabalham para empresas com mais de 100 funcionários, segundo pesquisas recentes. Mas há mais de um bilhão de trabalhadores móveis no mundo inteiro, e um estudo realizado pela Telework Research Network estima que 45% dos empregos nos Estados Unidos poderia ser feito com, pelo menos, um tempo parcial de trabalho remoto.

À medida que a economia melhora, alguns dos profissionais independentes que utilizam espaços de coworking, estão suscetíveis a ser abocanhados quando as grandes empresas começam a contratar novamente. Os Espços de Coworking estão olhando para clientes corporativos que forneçam um fluxo de receitas a longo prazo.

“Acredito que o potencial é extraordinariamente grande”, diz Mark Gilbreath, fundador e CEO da LiquidSpace , cuja tecnologia serviu como plataforma de reservas on-line para LEXC. “Há em curso uma mudança sísmica nas grandes empresas com relação a como elas estão enxergando sua própria realidade atual. Essa mudança é em direção à mobilidade.”

Esse novo pensamento está sendo impulsionado por tudo, pela incerteza imobiliária e as metas de sustentabilidade, 0s espaços compartilhados de trabalho, muitas vezes significam menor impacto ambiental. Mas, acima de tudo o que está sendo visto é uma nova estratégia de recrutamento e retenção.

“É mais fácil recrutar os melhores talentos, porque eles já estão lá”, diz Dykstra, referindo-se aos desenvolvedores independentes, engenheiros e outros empresários qualificados que trabalham nesses espaços. A experiência do coworking pela Warecorp nas cidades da região foi tão bem sucedida que Dykstra decidiu converter o escritório da empresa de 60 funcionários em Minsk, na Bielorrússia, em um espaço de coworking, também.

Os membros fundadores LEXC incluem o NextSpace em Los Angeles e San Francisco Bay Area; o BLANKSPACES em Los Angeles; o Coworking link em Austin; o WorkBar em Boston; o CoCo em Minneapolis e St. Paul e o 654 Croswell em Grand Rapids, Michigan. A associação está procurando expandir e já está recrutando novos membros para associar nas 25 principais áreas metropolitanas da América do Norte.

O Coworking está em um “crescimento rápido e radical” segmentado, assim como o trabalho remoto, diz Gilbreath. Uma força de trabalho móvel supera os home-offices, cafés e aeroportos, a LEXC e LiquidSpace esperam ser parte da nova infraestrutura que irá suprir o desejo de todas as peças necessárias de um escritório, sem, você sabe, o escritório em si.

Foto por Anders Holine  cortesia CoCo Minneapolis

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